terça-feira, 5 de agosto de 2008

Onomatopeia assumida

Hoje em dia encontram-se em algumas livrarias, nomeadamente na Fnac e na Byblos, secções com o título "Literatura Gay". E, pergunto eu (e provavelmente muito mais gente com a mania de questionar o que vê por aí), o que faz um livro ser gay? O autor ser assumidamente gay? A temática ser entendida por alguém na livraria como gay? Ter personagens gays? Conter, nem que seja uma única vez, a palavra gay? Ter descrições de relações sexuais entre duas ou mais pessoas do mesmo sexo? Ser lido maioritariamente por um público gay?

Se calhar discutir o sexo dos livros é como discutir o sexo dos anjos, mas gostava de saber quais são os critérios para a atribuição de identidade sexual aos livros. É provável que esses critérios possam nortear o caminho de muita gente que anda por aí baralhada sem saber em que estante se incluir... Eu cá ficava nas estantes automáticas da Byblos... Não têm rótulos e incluem todo o tipo de livros, que se obtêm bastando digitar um numerozinho ou digitalizar um codigozinho de barras. O número é quase sempre menos redutor que o verbo...

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei o texto. Mesmo. adora voce também. Assim...com tudo arrumado nas ideias! Beijo.

Kikas