domingo, 29 de março de 2009

Onomatopeia plástica #78

Everything is in a state of flux (if Heraclitus could take pictures) (2009)
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sexta-feira, 27 de março de 2009

Onomatopeia Amélie Poulain

Pequenos gestos do dia-a-dia que me proporcionam algum prazer:

  • Arrancar pelos do nariz com os dedos
  • Espremer borbulhas e pontos negros (o prazer é redobrado quando inclui algum sangue e dor)
  • Arrancar pelos encravados da barba com uma pinça
  • Arrancar a crosta de feridas em processo de cicatrização
  • Descalçar os sapatos no final do dia e lavar os pés com água fria
  • Encontrar remelas nos cantos dos olhos
  • Lacrimejar por causa do sono

Onomatopeia breviloquente

- Olá! Como estás?

- Já tive dias melhores... Hoje o mundo parece muito confuso e a abarrotar de pessoas ruidosas e ininteligíveis. E nenhuma delas se parece importar muito com o facto de me sentir incomodado com o ruído... Mas obrigado por perguntares e por não fazeres muito barulho...

terça-feira, 24 de março de 2009

Onomatopeia plástica #77

A door is a body is a tree (2009)
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segunda-feira, 23 de março de 2009

Onomatopeia plástica #76

Everything flows except movement itself (if Heraclitus could take pictures) (2009)
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quinta-feira, 19 de março de 2009

Onomatopeia gargalhante

Hoje fiz uma coisa inédita - para mim, entenda-se! - e outra menos inédita, mas que já não fazia há muito tempo...

Pela primeira vez, rezei o terço, dentro de um carro, acompanhando uma emissão radiofónica de teor religioso, com o som do rádio em volume suficientemente elevado para ser audível pelos companheiros de estrada, que naquele momento se afunilavam comigo fugindo do Conde Redondo.

E pela primeira vez nos últimos tempos, ri, ri, ri, ri, ri, ri, ri até começar a ficar com dores, até começar a ficar cansado de tanta satisfação, até começar a suspirar e até chegar ao momento do silêncio pós-orgásmico do riso...

E foi esta alegria intensa temporária que me fez perceber que não perdi a alegria permanente e que há forças que não se perdem por muito que vacilem.

Obrigado, HF, pelo contágio do riso... E por muitas mais coisas, claro, mas hoje fico-me por aqui, porque rir assim cansa!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Onomatopeia plástica #75

Making a sun out of a lamp (2009)
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Onomatopeia plástica #74

A cross (the light) (2009)
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Onomatopeia alterbela

Porque é que é tão fácil vermos a beleza que há nos outros e tão difícil de vermos a que há em nós?

Porque é que é tão fácil os outros verem a beleza que há em nós e tão difícil de verem a que há neles mesmos?

Mas, pensando bem, também há aquelas pessoas que devem ter muita beleza escondida, mas que, por muito que a gente procure, não a consegue descobrir em lado nenhum... Também depende muito do cheiro que elas emanam, é verdade...

terça-feira, 10 de março de 2009

Onomatopeia emética

Gasta uma pessoa 50 cêntimos num livro para ler merdas como estas:

"As asas desdobram-se
lentas
desde os ombros

Estendem-se, vacilam,
e vão tocar-te devagar
o pénis"

"Bebo-te a boca
com o seu manso sabor
a tangerina

Gulosamente
a comer o mel
no favo da abelha"

"A canela dos teus ombros
que lambo,

à mistura com
o açúcar
do teu umbigo?"

E vou dar-vos umas dicas para identificarem a autora destes poemas anedóticos. Tem três nomes: o primeiro é Maria, o segundo é Teresa e o terceiro é Horta...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Onomatopeia plástica #73

(I) rape (me) (2009)
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Onomatopeia descobridora

E que nem um Vasco da Gama contemporâneo em busca de novos mundos sensoriais, a maior descoberta do dia de hoje foi o chocolate belga com sementes de sésamo, girassol e abóbora, cuja discreta embalagem se apresenta abaixo.

Foi descobrimento milagroso contra o torpor cerebral durante uns efémeros instantes...

Desejam-se ardentemente outros achados cujos efeitos sejam mais prolongados!


domingo, 8 de março de 2009

Onomatopeia plástica #72

A hanging in front of the sun (2009)
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sexta-feira, 6 de março de 2009

Onomatopeia citável

Às vezes queríamos dizer muita coisa que não conseguimos dizer, queríamos impulsionar a roda do exorcismo verbal para concretizar num sistema coerente toda a parafernália desorganizada do que nos corre nas sinapses neuroemocionais. Às tantas, descobrimos que afinal já houve quem sistematizasse as nossas ansiedades e inquietações, ainda por cima atribuindo frequências sonoras e diferenças tonais a cada uma das sílabas. Citamo-los então, com as devidas ressalvas e com a consciência que as intenções originais podem ser bastante dissonantes da interpretação que delas fazemos...



"If you walk away I'll walk away
first tell me which road you will take
I don't want to risk our paths crossing some day
so you walk that way, I'll walk this way

and the future hangs over our heads
and it moves with each current event
until it falls all around like a cold steady rain
just stay in when it's lookin' this way

and the moon's laying low in the sky
forcing everything metal to shine
and the sidewalk holds diamonds like a jewelry store case
they argue "walk this way," "no, walk this way"

and Laura's asleep in my bed
as I'm leaving she wakes up and says
"I dreamed you were carried away on the crest of a wave
baby don't go away, come here"

and there's kids playing guns in the street
and one's pointing his tree branch at me
So I put my hands up I say:
"Enough is enough,
If you walk away I walk away."
(and he shot me dead)

I found a liquid cure
for my landlocked blues
it will pass away
like a slow parade
it's leaving but I don't know how soon

and the world's got me dizzy again
you'd think after 22 years I'd be used to the spin
and it only feels worse when I stay in one place
so I'm always pacing around or walking away

I keep drinking the ink from my pen
and I'm balancing history books up on my head
but it all boils down to one quotable phrase
"If you love something give it away"

A good woman will pick you apart
a box full of suggestions for your possible heart
But you may be offended, and you may be afraid
but don't walk away, don't walk away

We made love on the living room floor
with the noise in the background from a televised war
And in the deafening pleasure I thought I heard someone say
"If we walk away, they’ll walk away"

But greed is a bottomless pit
And our freedom's a joke, we're just taking a piss
And the whole world must watch the sad comic display
If you're still free start runnin' away
'cause we're comin' for ya!

I've grown tired of holding this pose
I feel more like a stranger each time I come home
So I'm making a deal with the devils of fame
Sayin' let me walk away, please

You'll be free child once you have died
from the shackles of language and measurable time
And then we can trade places, play musical graves
till then walk away walk away walk away walk away

So I'm up at dawn, putting on my shoes
I just want to make a clean escape
I'm leaving but I don't know where to
I know I'm leaving but I don't know where to"

quarta-feira, 4 de março de 2009

Onomatopeia diz-que-diz

Pequenas pérolas emitidas/captadas durante as minhas jornadas laborais:

A língua devia ser um bicho.

Tudo na vida é infetocontagioso.

Je suis uma badalhoca.

E se eu vomitasse uma bola de pelo agora?

Onomatopeia plástica #71

Most of us are always on the watch (2009)
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Coleção do autor

segunda-feira, 2 de março de 2009

Onomatopeia biverbal

Renascer dói....

domingo, 1 de março de 2009

Onomatopeia plástica #70

Transmission overflow (2009)
Fotografia a preto e branco
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