quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Onomatopeia vitrinista
Mostrei-te as mãos no mergulho, as pernas na atenção desmedida das parteiras, os dedos dos pés na potência dos medos, os olhos no esbracejar dos gritos, as costas na maneira irremediável dos movimentos repetidos, os braços no silêncio das raízes esfomeadas, as unhas nos poços apinhados de hidrogénio, os ombros no incerto aglomerado do plâncton pré-histórico, os joelhos na altercação submissiva das viagens, as nádegas na mistura imiscível das marcas de água, os cotovelos no primeiro barco antes das horas desmanchadas, as orelhas na imitação dos muros desacoroçoados, o cabelo nas espécies extintas de carbono, a boca nas fontes em baixo, o nariz nas estradas dos relógios paralelos, os mamilos no calor das mentiras elípticas, as ancas nas caixas dos pavimentos minimalistas, a barriga no sinal de aproximação da prioridade concedida...
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