Um dia os arco-íris chegam... Num qualquer dia em que a androginia do tempo o permite, mesmo sem aviso prévio, sem indícios visíveis, eles apresentam-se no celestino e nós suspiramos porque as cores são a prova de que o que nos parece unitário e indivisível é afinal composto diversa e pluritariamente. E um dia os arco-íris chegam, nós suspiramos pela raridade do fenómeno e pelo contentamento de sabermos que há coisas que sempre chegam mesmo quando já não pensamos nelas ou quando cremos com dificuldade na sua concretização...
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Onomatopeia alegórica
Será este o estado da Nação?
Enxovalhada, amarrotada, prostrada pelo chão, sem ponta por onde se lhe pegue, informe, disforme, desconstituída, deixada ao deus-dará, abandonada, amarfanhada, enrugada, engelhada, a inspirar piedade e à mercê dos caprichos próprios e alheios?
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Onomatopeia do indizível de hoje
E se agora fosse o ontem à mesma hora, estas são as coisas que te diria:
- A casa de banho está linda e parece nova
- As rosas continuam vivas e parece que assim continuarão durante mais uns dias
- A violeta deu mais uma flor
- As fotografias penduradas nas paredes com a nova cor ficam ainda melhor
- Ainda não posso tomar banho e o cheiro da tinta da banheira já é menos intenso mas ainda inebria
- Não foi hoje que cortei o cabelo
- Vou fazer quiche para o jantar
- Fazes-me falta para partilhar as pequenas conquistas insignificantes dos meus dias
Onomatopeia pan-algésica
Doem-me as palavras involuntárias e provocadas pelo fenómeno metafísico da reação à (re)ação... Doem-me os atos impensados e os pensamentos atuais. Doem-me os olhos por não os conseguir ter fechado depois da fuga irrefletida. Doem-me as últimas sílabas do ataque e as primeiras que não foram pronunciadas. Doem-me as efemérides que já não vão ser e a coleção de imagens das que já foram. Dói-me o que foi resgatado à pressa e que não poderá ser redistribuído. Dói-me o que foi escrito numa hora e contrariado em horas que vieram pouco depois. Doem-me as vozes fora de tom e o tom da agressão distante. Dói-me tudo...
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Alteronomatopeia
E se eu tivesse palavras assim...
e tu fosses um espelho que a árvore despedaçasse pela sua força
e no espelho eu, como uma imagem, fosse despedaçado,
brilhando."
Excerto de A faca não corta o fogo, de Herberto Helder
Onomatopeia festivaleira
E assim foi o meu fim de semana, desde sexta até domingo: sempre em celebração!
PARABÉNS, GATTACA!
PARABÉNS, MANA!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Onomatopeia perdida e achada
Desapareceu um Pikachu no passado dia 2 de Novembro pela 1:30 da madrugada, perto do elevador da Bica, em Lisboa.
Usava o seu habitual fato amarelo e as suas bochechas rosadas e alumiava o caminho de todos os que com ele se cruzavam.
Pede-se a quem o encontrar que contacte as autoridades ou o devolva ao seu respetivo e desolado dono.
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