domingo, 28 de setembro de 2008

Onomatopeia omnipresente

E ontem toda a gente eras tu, todas as ruas tinham a tua presença, todos os lugares tinham a memória de ti comigo, porque ainda estás em todo o lado e todos os lados te têm como se ainda estivéssemos presentes um com o outro... Procurava-te e fugia, sem saber se ajudaria olhar para ti e ter a certeza de que as tuas certezas são inabaláveis e que já sou apenas alguém que pontuou uns meses nos calendários da tua vida. Entre todas as multidões visíveis, a tua invisibilidade intranquilizava-me e era mais uma prova de que há silêncios que se conseguem ver e se concretizam na existência dos outros à minha volta e na tua inexistência entre eles... 

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