terça-feira, 30 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #49

Near dark (2008)
Fotografia a preto e branco
Coleção do autor

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Onomatopeia vazia

Falta qualquer coisa...









domingo, 28 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #48

(Feeling) Queer (about) Lisboa (2008)
Fotografia a preto e branco
Coleção do autor

Onomatopeia plástica #47

Outer space (2008)
Fotografia a preto e branco
Coleção do autor

Onomatopeia omnipresente

E ontem toda a gente eras tu, todas as ruas tinham a tua presença, todos os lugares tinham a memória de ti comigo, porque ainda estás em todo o lado e todos os lados te têm como se ainda estivéssemos presentes um com o outro... Procurava-te e fugia, sem saber se ajudaria olhar para ti e ter a certeza de que as tuas certezas são inabaláveis e que já sou apenas alguém que pontuou uns meses nos calendários da tua vida. Entre todas as multidões visíveis, a tua invisibilidade intranquilizava-me e era mais uma prova de que há silêncios que se conseguem ver e se concretizam na existência dos outros à minha volta e na tua inexistência entre eles... 

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #46

Órbita irregular (2008)
Fotografia a preto e branco
Coleção do autor

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #45

Tríade constelada (2008)
Fotografia
Coleção do autor

sábado, 20 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #44

I wanna kiss myself (2008)
Fotografia
Coleção do autor

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #43

Teleportação (2008)
Fotografia
Coleção do autor

Onomatopeia plástica #42

Rainha de Espadas (2008)
Fotografia
Coleção do autor

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #41

Algesigrafia (Padronização da dor) (2008)
Acrílico sobre tela
Coleção do autor

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Onomatopeia repensadora

Eis as coisas que poderia ter adquirido pelo valor aproximado que despendi para conviver dolorosamente com 74 922 seres humanos:

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Onomatopeia espelhante

A vida não é sempre uma festa, mas há coisas que nos lembram as vezes em que foi e que nos dão esperança que poderemos voltar a festejar...

Onomatopeia policroma

Depois de ler este post do Venus as a boy e de recentemente ter ouvido coisas como "don't touch me, I don't want any help from a gay guy" de um suposto proclamado artista português, embriagado ao ponto de mal se conseguir suster em posição ereta, na inauguração de uma exposição numa galeria cujo dono é (o tempora! o mores!) gay, sei que há coisas que, mesmo parecendo banais, têm a importância interventiva dos símbolos, ainda que formalmente sejam apenas listas de cores sobrepostas impressas sobre um invólucro de plástico. 

E orgulhosamente exibo estas cores, orgulhosamente exibe-as o Gattaca e orgulhosamente exibe-as o Doudou. Assim como orgulhosamente eu exibo estas pessoas, que, dependente e independentemente das suas cores sexuais, me fazem sentir orgulhoso de todas as minhas paletas cromáticas.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #40

Lesbian chic (2008)
Acrílico sobre tela
Coleção do autor

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Onomatopeia inconsequente

Descia a rua empedrada, carregada de sacos, malas, roupa e de si própria. Parecia apressada, apesar de àquela hora não ter ninguém à sua espera, porque há muitos anos que àquela hora não tinha ninguém à sua espera em parte alguma. Rivalizava com as pedras a frequência daquele percurso quotidiano. Nem a chuva nem qualquer outra intempérie quebrava este padrão. Ia provavelmente vazia de pensamentos, porque a pressa é muitas vezes inimiga do raciocínio. Mas cansava-se de se apressar e, de vez em quando, parava e olhava em volta, como se se quisesse certificar de que a rua não a enganava, que os edifícios não tinham sido movimentados, que a linha do horizonte continuava inalterada e que a imobilidade geral era garantia da direção certa. Os passos que dava eram, pelo contrário, inseguros, cambaleantes pelo peso do que carregava e pela fragilidade do corpo. Sussurrava algo impercetível a ouvidos alheios, como se a inexistência de interlocutor não impedisse verbalizações ou como se houvesse poesias escritas sem intenção de angariar leitores. A sua presença física não era notável e os restantes passeantes não demonstravam particular interesse na sua personagem, mas ela não estava consciente da inconsciência dos outros e continuava, sussurrante e pequena, apesar de acrescentada pelos acessórios que transportava.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Onomatopeia plástica #39

Footprints on fake snow (2008)
Pegadas sobre tela
Coleção do autor

Onomatopeia ex cinis cineris

Ilustração retirada do livro Schedelsche Weltchronik (1493), da autoria de Hartmann Schedel

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Onomatopeia sem final (in)feliz

O que no pó começa em pó se torna... Bastou o vento soprar com mais intensidade para que tudo se desmoronasse. 

Se a Fénix renascer pode ser que renasça mais vigorosa... Afinal é das cinzas da destruição que se erguem as cidades mais poderosas e os homens mais fortes.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Onomatopeia renascida

"I might leave tomorrow
To feel the joy of a new start..."

da letra de Our discussion, de Nina Nastasia & Jim White,
do álbum You follow me