E durante uns tempos manter-nos-emos sedentários, porque há razões mais altas a que o nomadismo tem de se sujeitar...
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Onomatopeia ninfossirénica
Ok... Alguém me explica o que é isto e o que é que este "isto" está a fazer à entrada de um dos centros comerciais da Margem Sul? A Pequena Sereia cresceu e, depois do grande sucesso como atriz de Hollywood, só conseguiu arranjar trabalho em Almada????
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Onomatopeia memorial
Sacodes as mãos como se tentasses afugentar alguma ideia menos própria, algo que sabes que não consigo adivinhar apesar de tudo o que sei. Não tenho memória de ti tão pequena, tão ridícula, tão profundamente cansada. Lembro-me que eras forte, incansável, vigorosa como os alicerces da casa em que vivíamos, que, apesar dos sinais evidentes de decadência, continuava a ser o refúgio inexpugnável que fora no início da sua existência. Vejo-te as rugas, as mãos engelhadas, as costas curvadas como sereias escondidas entre rochas, as roupas escuras que passaste a envergar depois das mortes sucessivas que os anos te presentearam, as pantufas puídas, todos os tecidos, os teus e os das roupas, em uníssono, permanentemente gastos e num torpor irreversível. Perco-te aos poucos naquela sala, na rua, em todas as passagens em que me acompanhaste, em todos os caminhos em que a tua presença me fazia sentir menos vulnerável, menos anão perante a gigantude da existência dos outros... Queria recuperar-te como se recuperam as pinturas nos museus, como se dá vida nova à talha de ouro das capelas... Mas as manhãs para ti são uma continuação inalterada das noites e as noites o mesmo segmento de reta previsível... Passo-te a pele da palma das minhas mãos sobre a pele do interior do teu braço e a pele - a tua ou a minha, não sei bem... - repudia-me. Lavo-te o rosto sempre pensante sem pensar porque não quero saber porquê, nem agora nem antes nem depois quando os meus olhos não puderem confirmar-te nos meus pensamentos. Às vezes ainda penso que preciso de ti como eras, não como és, não te quero impassível, dorida, imóvel, mutável, invertebrada e transparente. Não fujo de ti nem te procuro, não permaneço porque queres que permaneça, apenas porque há pedaços de nós cuja ordem natural não questionamos, mesmo quando a ordem já não faz sentido no meio do barulho que já não fazes. Queria-te sonora, queria-te sólida, queria-te geométrica, queria-te apenas como te quero agora mas um bocadinho mais como te queria antes.
E agora que te vejo, que te sinto, que oiço os simples sons dos complicados processos fisiológicos que te perseguem, só quero saber o mesmo que queria quando ainda não eras a carne que és, quando tinhas as mesmas pernas, os mesmos braços, o mesmo peito, as mesmas costas, o mesmo cabelo, as mesmas mãos, os mesmos olhos, só que tudo ao revés...
E agora que te vejo, que te sinto, que oiço os simples sons dos complicados processos fisiológicos que te perseguem, só quero saber o mesmo que queria quando ainda não eras a carne que és, quando tinhas as mesmas pernas, os mesmos braços, o mesmo peito, as mesmas costas, o mesmo cabelo, as mesmas mãos, os mesmos olhos, só que tudo ao revés...
domingo, 18 de outubro de 2009
Onomatopeia barista awards
E o grande vencedor é... (pausa semilonga ou semibreve para manter o público em expetativa):
O long island ice tea!
Vence nas categorias de sabor, frescura e efeitos físicos, neurofisiológicos, neuroquímicos e psíquicos!
O long island ice tea!
Vence nas categorias de sabor, frescura e efeitos físicos, neurofisiológicos, neuroquímicos e psíquicos!
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Onomatopeia barista
Não ficámos fãs do martini (do coquetel, entenda-se, e não da bebida com a marca homónima) nem do negroni... Esperamos que o long island ice tea ou o white russian não gorem as expetativas das nossas papilas gustativas!
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Onomatopeia literatofisioterapêutica
Estou em vias de descobrir se é a obra-prima de que os críticos todos falam... Mas uma coisa vos digo: se não for uma obra-prima é com certeza uma obra pesada: 1,3 kg aferidos numa precisa balança eletrónica!
É por estas e por outras (mas sobretudo por estas), que volto a apelar aos editores livreiros portugueses que comecem a disponibilizar versões eletrónicas (leves, breves e suaves!) dos livros que têm em catálogo.
Eu só sei que, depois de 15 minutos no metro com aquele volume na mão, foi muito difícil recuperar o sentido do tacto na ponta dos dedos! Mas afinal, dirá a elite intelectual, o que é um formigueirozinho passageiro nos apêndices digitais comparado com o que a literatura contemporânea nos pode oferecer!
É por estas e por outras (mas sobretudo por estas), que volto a apelar aos editores livreiros portugueses que comecem a disponibilizar versões eletrónicas (leves, breves e suaves!) dos livros que têm em catálogo.
Eu só sei que, depois de 15 minutos no metro com aquele volume na mão, foi muito difícil recuperar o sentido do tacto na ponta dos dedos! Mas afinal, dirá a elite intelectual, o que é um formigueirozinho passageiro nos apêndices digitais comparado com o que a literatura contemporânea nos pode oferecer!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Onomatopeia bel-artística
Para os que não acreditavam na genialidade da Paula Rego, eis a prova que irá dissipar todas as dúvidas!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Onomatopeia canonizada
Quem diria que após vários
anos habituado a vê-la numa
moldura sobre um naperom
colocado por cima da
televisão, iria re-encontrar
a Sãozinha nos reinos virtuais
do ciberespaço, exatamente
na mesma pose e com a mesma
expressão de santa precoce
e adolescente!
anos habituado a vê-la numa
moldura sobre um naperom
colocado por cima da
televisão, iria re-encontrar
a Sãozinha nos reinos virtuais
do ciberespaço, exatamente
na mesma pose e com a mesma
expressão de santa precoce
e adolescente!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Onomatopeia literária
Alvíssaras, alvíssaras! Após ter adquirido o leitor de livros digitais que vos apresentei numa postadela anterior, já terminei de ler as seguintes obras:
E. M. Forster - A Room With a View
Colm Toíbín - The Story of the Night
Colm Toíbín - Brooklyn
António Lobo Antunes - Auto dos Danados
Henry James - A Herdeira (título original: Washington Square)
William Trevor - Cheating at Canasta
Na ePrateleira da geringonça estão ainda por ler:
António Lobo Antunes - As Naus
José Saramago - As Intermitências da Morte
Günter Grass - O Gato e o Rato
J. M. Coetzee - Disgrace
Cormac McCarthy - The Road
Virginia Woolf - Mrs. Dalloway
J. N. Adams - The Regional Diversification of Latin
Somerset Maugham - The Razor's Edge
George Orwell - O Triunfo dos Porcos
E se houver por aí alguém que tenha livros em formato digital que queira disponibilizar, não hesite em fazê-lo. Seria uma maneira de me deixar em estado de efusão incontida!
E. M. Forster - A Room With a View
Colm Toíbín - The Story of the Night
Colm Toíbín - Brooklyn
António Lobo Antunes - Auto dos Danados
Henry James - A Herdeira (título original: Washington Square)
William Trevor - Cheating at Canasta
Na ePrateleira da geringonça estão ainda por ler:
António Lobo Antunes - As Naus
José Saramago - As Intermitências da Morte
Günter Grass - O Gato e o Rato
J. M. Coetzee - Disgrace
Cormac McCarthy - The Road
Virginia Woolf - Mrs. Dalloway
J. N. Adams - The Regional Diversification of Latin
Somerset Maugham - The Razor's Edge
George Orwell - O Triunfo dos Porcos
E se houver por aí alguém que tenha livros em formato digital que queira disponibilizar, não hesite em fazê-lo. Seria uma maneira de me deixar em estado de efusão incontida!
Onomatopeia oitocentista
É esta e outras obras do senhor Henri Fantin-Latour (1836-1904) que quero ver numa destas tardes destes primeiros dias de Setembro. Com certeza que a Gulbenkian não irá estar cheia de concidadãos que voltaram do Algarve, porque esses devem estar ocupados com outros afazeres... Digo eu e espero estar cheio de razão...
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Onomatopeia da rentrée
Voltem todos para o Algarve com os vossos terços pendurados no espelho retrovisor e os vossos GPS's colados no para-brisas!
Adeus, adeus! Telefonem quando lá chegarem para sabermos que fizeram boa viagem, que a gente cá se vai tentar amanhar com as ruas e estradas desimpedidas, os lugares de estacionamento vagos e a ausência de filas em locais públicos... Vai ser difícil, mas somos fortes e vamos tentar gerir todo o vazio promissor que a cidade irá manter!
September... Lisbon is a paradise no more... We're in mourning...
Adeus, adeus! Telefonem quando lá chegarem para sabermos que fizeram boa viagem, que a gente cá se vai tentar amanhar com as ruas e estradas desimpedidas, os lugares de estacionamento vagos e a ausência de filas em locais públicos... Vai ser difícil, mas somos fortes e vamos tentar gerir todo o vazio promissor que a cidade irá manter!
September... Lisbon is a paradise no more... We're in mourning...
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Onomatopeia desperfilhada
Se calhar o facto de passar o dia todo a fazer castings de palavras, a testá-las, a selecioná-las para inclusão em produções de envergadura invejável, a julgá-las pela sua pertinência e frequência de uso, a estripar os seus sentidos, a perscrutar-lhes os seus significados íntimos, leva a que muitas vezes não consiga fazer a escolha certa de palavras noutras alturas em que o engenho pessoal se deveria sobrepor ao engenho profissional.
Refletindo o outro lado do espelho, também fico feliz por não usar as palavras para descrever com onomatopeias pueris e imitações de timbre de voz infantil as supostas façanhas e desenvolvimentos neurofisiológicos dos meus rebentos filiais. Se criança é o melhor que o mundo tem (pelo menos em alguns mundos que por aí andam), progenitor orgulhoso em excesso está entre o que de mais entediante o mundo tem.
Automedicação: sobredosear a ingestão de cafeína e de nicotina.
Refletindo o outro lado do espelho, também fico feliz por não usar as palavras para descrever com onomatopeias pueris e imitações de timbre de voz infantil as supostas façanhas e desenvolvimentos neurofisiológicos dos meus rebentos filiais. Se criança é o melhor que o mundo tem (pelo menos em alguns mundos que por aí andam), progenitor orgulhoso em excesso está entre o que de mais entediante o mundo tem.
Automedicação: sobredosear a ingestão de cafeína e de nicotina.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Onomatopeia e-leitora
É um brinquedo, é um livro, é um leitor de música digital!
E já me pôs a ler três livros por semana quando até há pouco tempo andava a ler um livro por semestre!
Há invenções assim, que nos deixam bem-dispostos e mais letrados.
Agora, para ficar realmente em estado de exultação permanente, só falta que as editoras portuguesas comecem a disponibilizar livros em formato digital, seguindo o exemplo da maior parte das editoras inglesas e americanas.
Mas é provável que nesta gruta obscura do mundo ocidental tal não venha a acontecer num futuro próximo...
E já me pôs a ler três livros por semana quando até há pouco tempo andava a ler um livro por semestre!
Há invenções assim, que nos deixam bem-dispostos e mais letrados.
Agora, para ficar realmente em estado de exultação permanente, só falta que as editoras portuguesas comecem a disponibilizar livros em formato digital, seguindo o exemplo da maior parte das editoras inglesas e americanas.
Mas é provável que nesta gruta obscura do mundo ocidental tal não venha a acontecer num futuro próximo...
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Onomatopeia desinspirada
Procura-se musa perdida há dois meses. Tem 1,77m de altura, 60 kg, cabelo ruivo com madeixas acobreadas e franja escadeada. Na altura do seu desaparecimento, usava vestido de cor verde de movimentos fluidos, sandálias romanas de couro e óculos de sol de marca Dior. Desapareceu algures entre o meridiano de Greenwich e o meridiano 180, não tendo sido avistada desde então. A quem possua informações acerca do seu paradeiro, pede-se que contacte com o departamento de musas perdidas da esquadra de polícia mais próxima...
domingo, 26 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Onomatopeia en arrière
A atual (ou, segundo afirmações recentes de recentes quase ex-ministros, a ultrapassada) crise economicofinanceirasocialpoliticacultural mundial, e quiçá coiso e tal, já começa a fazer vítimas entre os meus vizinhos, que se vêem forçados a recorrer a métodos pouco ortodoxos de aumento de capital.
Não sei se o produto é de boa qualidade nem se está cotado em alta na bolsa de valores, mas o anúncio já está afixado há tanto tempo que apenas vislumbro duas interpretações:
a) tem sido grande a saída e a promoção está para continuar;
b) já desistiram da aposta no produto mas esqueceram-se de retirar a publicidade.
Talvez uma fotografia ajudasse o crescimento das vendas... Ou talvez não... Aliás, hoje em dia, com as avançadas técnicas de edição digital fotográfica, nunca sabemos se estamos a comprar lebre por ass...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Onomatopeia fraseológica #1
Hoje, no dia em que o mundo está de luto pelas mortes de Michael Jackson e (sobretudo!) de Farrah Fawcett, se inicia neste espaço endemoninhado a rubrica Grandes frases de grandes personagens do sexo feminino (esteve para se chamar Grandes frases de grandes bichonas malucas, mas decidi que essa rubrica ficará para uma época em que o termo bichona tenha perdido o cariz pejorativo).
Apesar de no topo do ranking estarem belos aforismos como este de Rute Remédios:
recentemente houve quem ousasse desafiar o poderio aforístico anterior criando uma das mais fascinantes afirmações da vida política e extrapolítica nacional. Dizem as más línguas que foi sotora Manuela Ferreira Leite, líder do sexo feminino desse grande partido de sexo indefinido que é o Pê Esse Dê, a criadora de afirmação com tamanha grandeza:
E como não bastasse, todos os dias, na estação de metro da Alameda, sou presenteado com esta excelsa frase, de autoria desconhecida, mas que a imaginação me leva a crer com absoluta firmeza que também terá sido aventada por um fascinante ser do mesmo sexo de Marie Antoinette e de Maria de Lurdes Pintasilgo:
Apesar de no topo do ranking estarem belos aforismos como este de Rute Remédios:
As opiniões são como as vaginas: cada um tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a.
recentemente houve quem ousasse desafiar o poderio aforístico anterior criando uma das mais fascinantes afirmações da vida política e extrapolítica nacional. Dizem as más línguas que foi sotora Manuela Ferreira Leite, líder do sexo feminino desse grande partido de sexo indefinido que é o Pê Esse Dê, a criadora de afirmação com tamanha grandeza:
Eleições simultâneas não é bons para o país. (sic)
E como não bastasse, todos os dias, na estação de metro da Alameda, sou presenteado com esta excelsa frase, de autoria desconhecida, mas que a imaginação me leva a crer com absoluta firmeza que também terá sido aventada por um fascinante ser do mesmo sexo de Marie Antoinette e de Maria de Lurdes Pintasilgo:
Uma casa sem uma bíblia é como um corpo sem alma.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Onomatopeia inseticida
E quem disse que o jornalismo televisivo anda pelas ruas da amargura??? Hmmm? Quem foi??
Eu cá não trocaria por nada deste mundo a bela notícia que me foi presenteada esta manhã.
Se havia dúvidas de que a eleição do Sr. Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América foi um marco histórico, hoje todas as dúvidas se dissiparam juntamente com a mosca à qual Mr. Obama tirou a vida...
Há notícias assim: grandes apesar da pequenez do objeto do inseticídio presidencial!
Vou passar a tomar o pequeno-almoço de televisão desligada e de olhos fechados, just in case...
Eu cá não trocaria por nada deste mundo a bela notícia que me foi presenteada esta manhã.
Se havia dúvidas de que a eleição do Sr. Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América foi um marco histórico, hoje todas as dúvidas se dissiparam juntamente com a mosca à qual Mr. Obama tirou a vida...
Há notícias assim: grandes apesar da pequenez do objeto do inseticídio presidencial!
Vou passar a tomar o pequeno-almoço de televisão desligada e de olhos fechados, just in case...
terça-feira, 2 de junho de 2009
Onomatopeia neomusical
E, fazendo uma pausa mais que merecida da abelha e da sua colmeia do amor, estas são as recente edições musicais que me têm acompanhado na árdua e interminável jornada de hoje.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Onomatopeia abelhuda
Sei que ainda estais todos em maravilhamento místico e em audição contínua, diurna e noturna, do álbum Pega na Gaita, dessa grande artista que dá pelo nome de Linda, mas quero partilhar convosco mais uma pequena esmeralda do nosso cançonetismo (se isto não é World Music, não sei o que é que será, pois não lhe falta mundanidade!).
Abelha fora eu e seria esta a banda sonora dos meus dias florais!
domingo, 24 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
Onomatopeia plástica #80
Land melts and becomes water that becomes vapour that becomes fire (if Heraclitus could take pictures) (2009)
Fotografia
Coleção do autor
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Onomatopeia conselheira
CONSELHO #1:
CONSELHO #2:
Fugi dos caixotófilos
e dos donuts que frequentam
as estações de serviço das autoestradas.
CONSELHO #3:
Abraçai a imagem da Nossa Senhora de Fátima
da Capelinha das Aparições
e as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Onomatopeia lindaça
Povo do meu país em eterna crise e em constante luta pela vida, nada temais que agora tendes uma nova artista para aliviar vossas preocupações e ensolarar vossas noites de festa agostinha!
Chama-se Linda, não sabemos quantas primaveras já carrega no seu acordeão, mas é jovem para ter força para segurar na gaita com pujança e dar picas ao pessoal engripado pelos porcos, deste e do outro lado do Atlântico!
Não podemos deixar de dar a escutar ao nosso público, ávido de paliativos musicais, pequenas amostras da obra desta egrégia cançonetista, disponíveis no sítio onde esta musa lusitana da mais pura raça prega a sua boa nova!
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Onomatopeia refrativa
And sometimes I let the rainbow go down on me...
Num qualquer terraço de Lisboa com vista para o rio e para os telhados alheios ao terraço e ao rio.
Num qualquer terraço de Lisboa com vista para o rio e para os telhados alheios ao terraço e ao rio.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Onomatopeia autoanalítica
A Onomatopeia organizada de acordo com o número de ocorrências de cada palavra. Ou a Onomatopeia em forma de mapa lexical urbano. No Wordle.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Onomatopeia bissacra
Hosana! Hosana!
A Sagrada Família, depois das aparições de 9 de Janeiro na Cova da Guerra Junqueiro, sob forma vegetal purpurácea, surgiu-nos de novo num dia em que o sol se abateu sobre nós e criou o que se poderá chamar de verdadeira Arte Plástica!
Salve, Sacrata Familia, regina Tupperwarae!
A Sagrada Família, depois das aparições de 9 de Janeiro na Cova da Guerra Junqueiro, sob forma vegetal purpurácea, surgiu-nos de novo num dia em que o sol se abateu sobre nós e criou o que se poderá chamar de verdadeira Arte Plástica!
Salve, Sacrata Familia, regina Tupperwarae!
domingo, 3 de maio de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Onomatopeia remissória
Não, não morreu...
Mas agora não nos apetece...
Aos que se importam, pedimos desculpa...
Mas agora não nos apetece...
Aos que se importam, pedimos desculpa...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Onomatopeia seminal
O meu gel de banho parece esperma...
Não sei se hei de ficar contente ou enojado...
Ao menos é só o aspeto visual, porque o cheiro em nada se assemelha ao do líquido espermático...
Não sei se hei de ficar contente ou enojado...
Ao menos é só o aspeto visual, porque o cheiro em nada se assemelha ao do líquido espermático...
domingo, 29 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
Onomatopeia Amélie Poulain
Pequenos gestos do dia-a-dia que me proporcionam algum prazer:
- Arrancar pelos do nariz com os dedos
- Espremer borbulhas e pontos negros (o prazer é redobrado quando inclui algum sangue e dor)
- Arrancar pelos encravados da barba com uma pinça
- Arrancar a crosta de feridas em processo de cicatrização
- Descalçar os sapatos no final do dia e lavar os pés com água fria
- Encontrar remelas nos cantos dos olhos
- Lacrimejar por causa do sono
Onomatopeia breviloquente
- Olá! Como estás?
- Já tive dias melhores... Hoje o mundo parece muito confuso e a abarrotar de pessoas ruidosas e ininteligíveis. E nenhuma delas se parece importar muito com o facto de me sentir incomodado com o ruído... Mas obrigado por perguntares e por não fazeres muito barulho...
- Já tive dias melhores... Hoje o mundo parece muito confuso e a abarrotar de pessoas ruidosas e ininteligíveis. E nenhuma delas se parece importar muito com o facto de me sentir incomodado com o ruído... Mas obrigado por perguntares e por não fazeres muito barulho...
terça-feira, 24 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Onomatopeia gargalhante
Hoje fiz uma coisa inédita - para mim, entenda-se! - e outra menos inédita, mas que já não fazia há muito tempo...
Pela primeira vez, rezei o terço, dentro de um carro, acompanhando uma emissão radiofónica de teor religioso, com o som do rádio em volume suficientemente elevado para ser audível pelos companheiros de estrada, que naquele momento se afunilavam comigo fugindo do Conde Redondo.
E pela primeira vez nos últimos tempos, ri, ri, ri, ri, ri, ri, ri até começar a ficar com dores, até começar a ficar cansado de tanta satisfação, até começar a suspirar e até chegar ao momento do silêncio pós-orgásmico do riso...
E foi esta alegria intensa temporária que me fez perceber que não perdi a alegria permanente e que há forças que não se perdem por muito que vacilem.
Obrigado, HF, pelo contágio do riso... E por muitas mais coisas, claro, mas hoje fico-me por aqui, porque rir assim cansa!
Pela primeira vez, rezei o terço, dentro de um carro, acompanhando uma emissão radiofónica de teor religioso, com o som do rádio em volume suficientemente elevado para ser audível pelos companheiros de estrada, que naquele momento se afunilavam comigo fugindo do Conde Redondo.
E pela primeira vez nos últimos tempos, ri, ri, ri, ri, ri, ri, ri até começar a ficar com dores, até começar a ficar cansado de tanta satisfação, até começar a suspirar e até chegar ao momento do silêncio pós-orgásmico do riso...
E foi esta alegria intensa temporária que me fez perceber que não perdi a alegria permanente e que há forças que não se perdem por muito que vacilem.
Obrigado, HF, pelo contágio do riso... E por muitas mais coisas, claro, mas hoje fico-me por aqui, porque rir assim cansa!
quarta-feira, 18 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
Onomatopeia alterbela
Porque é que é tão fácil vermos a beleza que há nos outros e tão difícil de vermos a que há em nós?
Porque é que é tão fácil os outros verem a beleza que há em nós e tão difícil de verem a que há neles mesmos?
Mas, pensando bem, também há aquelas pessoas que devem ter muita beleza escondida, mas que, por muito que a gente procure, não a consegue descobrir em lado nenhum... Também depende muito do cheiro que elas emanam, é verdade...
Porque é que é tão fácil os outros verem a beleza que há em nós e tão difícil de verem a que há neles mesmos?
Mas, pensando bem, também há aquelas pessoas que devem ter muita beleza escondida, mas que, por muito que a gente procure, não a consegue descobrir em lado nenhum... Também depende muito do cheiro que elas emanam, é verdade...
terça-feira, 10 de março de 2009
Onomatopeia emética
Gasta uma pessoa 50 cêntimos num livro para ler merdas como estas:
"As asas desdobram-se
lentas
desde os ombros
Estendem-se, vacilam,
e vão tocar-te devagar
o pénis"
"Bebo-te a boca
com o seu manso sabor
a tangerina
Gulosamente
a comer o mel
no favo da abelha"
"A canela dos teus ombros
que lambo,
à mistura com
o açúcar
do teu umbigo?"
E vou dar-vos umas dicas para identificarem a autora destes poemas anedóticos. Tem três nomes: o primeiro é Maria, o segundo é Teresa e o terceiro é Horta...
"As asas desdobram-se
lentas
desde os ombros
Estendem-se, vacilam,
e vão tocar-te devagar
o pénis"
"Bebo-te a boca
com o seu manso sabor
a tangerina
Gulosamente
a comer o mel
no favo da abelha"
"A canela dos teus ombros
que lambo,
à mistura com
o açúcar
do teu umbigo?"
E vou dar-vos umas dicas para identificarem a autora destes poemas anedóticos. Tem três nomes: o primeiro é Maria, o segundo é Teresa e o terceiro é Horta...
segunda-feira, 9 de março de 2009
Onomatopeia descobridora
E que nem um Vasco da Gama contemporâneo em busca de novos mundos sensoriais, a maior descoberta do dia de hoje foi o chocolate belga com sementes de sésamo, girassol e abóbora, cuja discreta embalagem se apresenta abaixo.
Foi descobrimento milagroso contra o torpor cerebral durante uns efémeros instantes...
Desejam-se ardentemente outros achados cujos efeitos sejam mais prolongados!
Foi descobrimento milagroso contra o torpor cerebral durante uns efémeros instantes...
Desejam-se ardentemente outros achados cujos efeitos sejam mais prolongados!
domingo, 8 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
Onomatopeia citável
Às vezes queríamos dizer muita coisa que não conseguimos dizer, queríamos impulsionar a roda do exorcismo verbal para concretizar num sistema coerente toda a parafernália desorganizada do que nos corre nas sinapses neuroemocionais. Às tantas, descobrimos que afinal já houve quem sistematizasse as nossas ansiedades e inquietações, ainda por cima atribuindo frequências sonoras e diferenças tonais a cada uma das sílabas. Citamo-los então, com as devidas ressalvas e com a consciência que as intenções originais podem ser bastante dissonantes da interpretação que delas fazemos...
"If you walk away I'll walk away
first tell me which road you will take
I don't want to risk our paths crossing some day
so you walk that way, I'll walk this way
and the future hangs over our heads
and it moves with each current event
until it falls all around like a cold steady rain
just stay in when it's lookin' this way
and the moon's laying low in the sky
forcing everything metal to shine
and the sidewalk holds diamonds like a jewelry store case
they argue "walk this way," "no, walk this way"
and Laura's asleep in my bed
as I'm leaving she wakes up and says
"I dreamed you were carried away on the crest of a wave
baby don't go away, come here"
and there's kids playing guns in the street
and one's pointing his tree branch at me
So I put my hands up I say:
"Enough is enough,
If you walk away I walk away."
(and he shot me dead)
I found a liquid cure
for my landlocked blues
it will pass away
like a slow parade
it's leaving but I don't know how soon
and the world's got me dizzy again
you'd think after 22 years I'd be used to the spin
and it only feels worse when I stay in one place
so I'm always pacing around or walking away
I keep drinking the ink from my pen
and I'm balancing history books up on my head
but it all boils down to one quotable phrase
"If you love something give it away"
A good woman will pick you apart
a box full of suggestions for your possible heart
But you may be offended, and you may be afraid
but don't walk away, don't walk away
We made love on the living room floor
with the noise in the background from a televised war
And in the deafening pleasure I thought I heard someone say
"If we walk away, they’ll walk away"
But greed is a bottomless pit
And our freedom's a joke, we're just taking a piss
And the whole world must watch the sad comic display
If you're still free start runnin' away
'cause we're comin' for ya!
I've grown tired of holding this pose
I feel more like a stranger each time I come home
So I'm making a deal with the devils of fame
Sayin' let me walk away, please
You'll be free child once you have died
from the shackles of language and measurable time
And then we can trade places, play musical graves
till then walk away walk away walk away walk away
So I'm up at dawn, putting on my shoes
I just want to make a clean escape
I'm leaving but I don't know where to
I know I'm leaving but I don't know where to"
"If you walk away I'll walk away
first tell me which road you will take
I don't want to risk our paths crossing some day
so you walk that way, I'll walk this way
and the future hangs over our heads
and it moves with each current event
until it falls all around like a cold steady rain
just stay in when it's lookin' this way
and the moon's laying low in the sky
forcing everything metal to shine
and the sidewalk holds diamonds like a jewelry store case
they argue "walk this way," "no, walk this way"
and Laura's asleep in my bed
as I'm leaving she wakes up and says
"I dreamed you were carried away on the crest of a wave
baby don't go away, come here"
and there's kids playing guns in the street
and one's pointing his tree branch at me
So I put my hands up I say:
"Enough is enough,
If you walk away I walk away."
(and he shot me dead)
I found a liquid cure
for my landlocked blues
it will pass away
like a slow parade
it's leaving but I don't know how soon
and the world's got me dizzy again
you'd think after 22 years I'd be used to the spin
and it only feels worse when I stay in one place
so I'm always pacing around or walking away
I keep drinking the ink from my pen
and I'm balancing history books up on my head
but it all boils down to one quotable phrase
"If you love something give it away"
A good woman will pick you apart
a box full of suggestions for your possible heart
But you may be offended, and you may be afraid
but don't walk away, don't walk away
We made love on the living room floor
with the noise in the background from a televised war
And in the deafening pleasure I thought I heard someone say
"If we walk away, they’ll walk away"
But greed is a bottomless pit
And our freedom's a joke, we're just taking a piss
And the whole world must watch the sad comic display
If you're still free start runnin' away
'cause we're comin' for ya!
I've grown tired of holding this pose
I feel more like a stranger each time I come home
So I'm making a deal with the devils of fame
Sayin' let me walk away, please
You'll be free child once you have died
from the shackles of language and measurable time
And then we can trade places, play musical graves
till then walk away walk away walk away walk away
So I'm up at dawn, putting on my shoes
I just want to make a clean escape
I'm leaving but I don't know where to
I know I'm leaving but I don't know where to"
quarta-feira, 4 de março de 2009
Onomatopeia diz-que-diz
Pequenas pérolas emitidas/captadas durante as minhas jornadas laborais:
A língua devia ser um bicho.
Tudo na vida é infetocontagioso.
Je suis uma badalhoca.
E se eu vomitasse uma bola de pelo agora?
A língua devia ser um bicho.
Tudo na vida é infetocontagioso.
Je suis uma badalhoca.
E se eu vomitasse uma bola de pelo agora?
segunda-feira, 2 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Onomatopeia quase plástica censurada
here / unmovable / brightfully imposing / no excuses / not afraid of standing out / unblender = bliss is a chameleon on a white Spanish wall
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Onomatopeia instrumentalizada
Às vezes só precisamos dos instrumentos certos para conseguirmos enxergar para lá do que nos está imediatamente visível, ainda que o que nos se revele sejam estados hibernantes ou invernais...
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